O primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer ao Brasil chegou na noite desta quinta-feira, ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o presidente regional da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, acompanharam a entrega.
Essas primeiras doses foram produzidas na fábrica da Pfizer em Puurs, na Bélgica. A remessa é parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em março para a aquisição e entrega de 100 milhões de doses de vacinas até o final do terceiro trimestre (setembro) de 2021.
A fabricante antecipou o primeiro lote após um apelo do governo federal, devido à situação dramática da pandemia no Brasil. Nesta quinta-feira, o país ultrapassou a marca de 400 mil vítimas da Covid-19.
A maior parte do lote comprado pelo governo federal vai ser entregue somente no terceiro trimestre. Serão 84 milhões de doses neste período, segundo cronograma do ministério da Saúde. Em maio, o Brasil deve receber mais 2,5 milhões, e em junho, outras 12 milhões.
Durante o ato, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que o governo federal deve distribuir 36,8 milhões de doses de vacinas nos próximos seis dias.
A dose da Pfizer já obteve registro para uso definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.
A logística de distribuição das vacinas da Pfizer leva em conta as baixas temperaturas de refrigeração das doses, que chegaram ao Brasil armazenadas em caixas a uma temperatura de -70°C. A previsão é de que a distribuição para as 27 capitais comece entre sexta-feira e sábado, em uma divisão proporcional.
Os estados vão receber as vacinas armazenadas entre -25°C e -15°C – elas podem ficar nesta faixa de temperatura por até 14 dias. Por conta disso, a distribuição do lote inicial vai ser feita em duas etapas: primeiramente, serão enviadas aos estados e Distrito Federal as vacinas destinadas para a primeira dose (500 mil). Uma semana depois, as Unidades Federativas receberão os lotes para segunda dose (500 mil), respeitando o intervalo de aplicação entre uma dose e outra.
Assim que os imunizantes chegarem às salas de vacinação, na rede de frio nacional (+2°C a +8°C), a aplicação na população deve ocorrer em até cinco dias. Devido ao curto espaço de tempo, o Ministério da Saúde está orientando, para essa primeira remessa, que a vacinação com as doses da Pfizer fique restrita às capitais e, se possível, ocorra em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa.