O jornalista Ercy Pereira Torma morreu, na manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre, aos 86 anos de idade, vítima de um infarto. Ex-presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), tornou-se um dos que mais tempo permaneceu à frente da entidade, atrás apenas de Alberto André.
Natural de Rio Grande, onde começou no jornalismo em 1952, Torma teve passagem pelos jornais locais Cruzeiro do Sul e O Peixeiro, atuando também nas rádios Cultura Riograndina e Minuano antes de se transferir para Porto Alegre, em 1968. Na Capital, iniciou como repórter de Polícia no Diário de Notícias, atuando também nas rádios Farroupilha, Difusora e Gaúcha. Posteriormente, trabalhou durante 25 anos no jornal Zero Hora, aposentando-se em 1994.
Foi também em Porto Alegre que Torma passou a participar do cotidiano da ARI. Bastaram dois anos como associado para passar a integrar a diretoria da instituição. Coincidindo com o período da Ditadura Militar, viu muitos jornalistas sendo presos e interviu para a libertação de alguns deles.
Após a redemocratização, presidiu a ARI de 1996 a 2006. “Sem dúvida, foi um ícone do jornalismo gaúcho. Deixou não apenas o legado como presidente, mas o ensinamento aos demais profissionais. Sempre tinha algo a falar. E é uma honra estar à frente da associação que já teve alguém como ele na presidência”, conta o atual presidente da entidade, jornalista José Nunes.
Ercy Toma havia se internado em uma clínica geriátrica. Deixa a esposa Nívia e os filhos do primeiro casamento, Janine, Jeferson e Juvan. O velório era previsto para ter início no fim da tarde, e o enterro ocorre nesta quinta-feira, às 10h30min, no cemitério Jardim da Paz, na Lomba do Pinheiro.