Escolas cumprem ordem judicial e permanecem fechadas em Porto Alegre

Secretaria Municipal de Educação orientou instituições a ficarem abertas apenas para orientações

Foto: Guiherme Almeida/CP

As escolas das redes estadual, municipal e privada cumpriram a determinação da Justiça e não funcionaram de maneira presencial nesta terça-feira. Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) orientou as escolas a ficarem abertas, mas apenas para esclarecimentos a pais e familiares.

A mesma situação ocorreu nas escolas da rede estadual, como no caso da Coronel Afonso Emílio Massot, Inácio Montanha e Júlio de Castilhos, onde os funcionários informaram as pessoas que procuraram os estabelecimentos sobre a decisão judicial.

Na escola comunitária de Educação Infantil Aldeia da Fraternidade, no bairro Tristeza, uma funcionária informou que os pais dos 404 alunos foram informados nessa segunda-feira sobre a decisão do Judiciário, por telefone.

Crítica
O prefeito Sebastião Melo lamentou a decisão e criticou a interferência do Poder Judiciário sobre as decisões do Executivo. Também reclamou da suposta ineficácia do sistema de distanciamento adotado no Rio Grande do Sul para conter a pandemia de Covid.

O presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, lembrou que milhares de famílias voltaram ao trabalho sem ter onde deixar os filhos, que terão prejuízos emocionais e cognitivos com a falta da convivência escolar. O dirigente também disse que, agora, a esperança do setor para reabrir as escolas é a mudança para a bandeira vermelha no Distanciamento Controlado do governo estadual.

Luta pela vida dos professores
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, disse que a categoria está lutando pela vida dos professores, funcionários e de toda a comunidade escolar. Nossa luta é pela vacinação, teste em massa e condições sanitárias mínimas para um retorno seguro”, ressaltou. Os professores estiveram na Assembleia Legislativa em uma reunião com o líder do governo, deputado Frederico Antunes, para exigir urgência na vacinação da categoria, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de maior qualidade e reposição salarial.

O parlamentar afirmou que a vacinação da categoria também é uma preocupação do governo. Mas há um impasse com o governo federal, que centraliza as normas estabelecidas no Plano Nacional de Imunização, não permitindo a alteração de regras em cada estado. O deputado sugeriu a realização de duas audiências: a primeira, tratando da vacinação da categoria e retorno das atividades presenciais; a segunda pautando reajuste salarial do magistério e o pagamento dos dias parados da greve.