A falta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) afeta nove das 21 regiões Covid, distribuídas pelo modelo de distanciamento controlado, no Rio Grande do Sul. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), em oito não há mais vagas de alta complexidade disponíveis na rede privada: Pelotas, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Novo Hamburgo, Canoas, Passo Fundo, Santo Ângelo e Uruguaiana.
A região na Fronteira Oeste, inclusive, é a que enfrenta o pior cenário, uma vez que os leitos de UTI também se esgotaram na rede pública. Uruguaiana é a cidade referência para a região R-03 do modelo do distanciamento controlado. Ela abriga um total de nove hospitais para atender 11 municípios. Atualmente, são 117 pacientes para os 98 leitos de alta complexidade disponíveis.
Além de Uruguaiana, a região de Cachoeira do Sul também não dispõe de mais vagas de UTI nos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a SES.
Já no âmbito estadual, o Rio Grande do Sul registra sobrecarga de 100,6% de ocupação na rede privada e taxa de lotação de 80,4% na rede pública. Com isso, a média estadual de ocupação geral dos leitos de UTI é de 86%.
A fila de espera de pacientes aguardando remoção para um leito de alta complexidade caiu em relação a ontem, passando de 110 para 103 pessoas – 47 delas na Capital.
Porto Alegre
No município, a taxa de ocupação das UTIs é de 89,85%. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), cinco dos 18 hospitais monitorados atendem no limite ou acima da capacidade.
Ainda conforme a pasta, as emergências para adultos dos hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs) seguem enfrentando picos de superlotação nesta tarde.