Guarda Municipal de Porto Alegre interdita estabelecimento no Moinhos de Vento

Fiscais flagraram dezenas de pessoas em um espaço fechado após o horário de funcionamento de funcionamento, que é o das 23h para a saída do último cliente

Proprietário do estabelecimento foi alvo de auto de infração. Foto: Guarda Municipal/Reprodução

Agentes da Guarda Municipal de Porto Alegre interditaram um estabelecimento que, segundo a corporação, promovia uma “festa clandestina para cerca de 150 pessoas”, na noite da quinta-feira (23), no bairro Moinhos de Vento. Segundo a corporação, as informações foram repassadas em denúncia feita por meio do telefone 153. No local, que fica na rua Marquês do Pombal, os fiscais flagraram dezenas de pessoas em um espaço fechado após o horário de funcionamento de funcionamento, que é o das 23h para a saída do último cliente, em razão da pandemia de coronavírus.

“Continuamos atentos a todos os movimentos que ocorrem nos mais diversos locais em Porto Alegre, sempre na intenção de preservar a segurança sanitária da população e garantindo o cumprimento da lei. Procuramos agir de forma a educar e orientar a população, para que possamos conciliar economia e preservação da vida”, ressalta o comandante da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento.

Frequentadores, sem máscaras, e não seguiam normas de distanciamento. Vídeo: Guarda Municipal/Divulgação

Além de infringir o decreto que proíbe a realização de festas, a casa noturna permitia a circulação de pessoas sem máscaras de proteção, conforme a Guarda Municipal. Após a dispersão do público, a fiscalização emitiu um auto de infração contra o proprietário do local, que vai ter 30 dias para recorrer.

Em nota emitida na tarde desta sexta, o estabelecimento rebateu as informações prestadas pela Guarda Municipal, alegando estar comprometido com as normas deliberadas pelo poder público. Em contato com a reportagem da Guaíba, a assessoria da casa também relatou que o alvará é de restaurante – e não de boate -, criticou informações equivocadas no auto da infração e negou que o local tenha recebido uma “festa clandestina”, como informou a Prefeitura pela manhã. O restaurante alegou, ainda, ter espaço para 490 pessoas, tendo recebido 122 na noite passada.

Veja a nota, na íntegra:

O 300 Cosmo Dining Room foi surpreendido na noite de 22 de abril (quinta-feira) com a abordagem da Guarda Municipal para encerramento de suas atividades. Essa solicitação aconteceu às 23h08, quando cerca de apenas 60 pessoas ainda estavam no local para acertar suas respectivas consumações. Toda a operação foi encerrada antes das 23h e durante toda a noite não houve qualquer elemento que justificasse aquele momento como uma festa, como música, DJ, iluminação especial ou aglomeração.

Durante toda a noite, de acordo com registro do sistema operacional do restaurante, 122 pessoas estiveram presentes. A capacidade do local, de 400m², é de 490 pessoas e durante a abordagem da Guarda Municipal havia menos de 15% da ocupação. Além disso, o Auto de Interdição Cautelar foi construído com informações equivocadas, como o número de pessoas no local — o documento indicava 150 pessoas presentes — e o horário da abordagem —23h56.

Pedimos desculpas aos clientes e ao bairro pelo transtorno, assim como lamentamos a forma como essa situação foi abordada e narrada pelos veículos de comunicação porto-alegrenses, assim como as redes sociais da própria Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Estamos comprometidos com as normas deliberadas pelo poder público, mas também esperamos um tratamento equânime e a compreensão de que tudo que está sendo realizado pelo 300 Cosmo Dining Room está de acordo com a legislação vigente.