Quatro regiões Covid, distribuídas pelo modelo do distanciamento controlado, tinham, na tarde desta quinta-feira, mais pacientes do que leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). A falta de vagas permanecia nas áreas de Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul e Novo Hamburgo.
Conforme monitoramento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a situação atinge diretamente os municípios atendidos pelas 37 instituições que compõem a rede hospitalar dessas cidades.
O cenário mais grave é o de Uruguaiana. Com nove hospitais, a região registra 110,20% de superlotação, em que não há mais nenhum leito disponível tanto na rede privada quanto na pública. Na sequência, aparece Santa Cruz do Sul, com 106,6% de ocupação geral, mas com a rede particular sobrecarregada em 280%.
Já as regiões de Cachoeira do Sul e Novo Hamburgo vêm oscilando entre a superlotação e a diminuição na pressão da rede hospitalar nos últimos dias. Contudo, nesta quinta, tinham lotação de 103,7% e 100%, respectivamente.
No geral, o Rio Grande do Sul completa, nesta tarde, mais um dia com as UTIs das redes particular e pública abaixo da capacidade máxima. Em oito regiões, porém, ainda não há leitos de UTI na rede particular. Já entre os hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), três regiões tinham falta de vagas de alta complexidade.
Ocupação geral das UTIs
Pelo 22° dia consecutivo, as instituições do Rio Grande do Sul operaram com as unidades de terapia intensiva (UTIs) abaixo de 100% de lotação. Até às 15h, eram 2.902 pacientes para 3.368 leitos, o que corresponde a uma ocupação de 86,2% e um total de 466 leitos livres de UTI, maior oferta desde 20 de fevereiro.
Do total de pacientes internados em estado grave, 2.052 (70,7%) tinham relação com o coronavírus. Além disso, sete em cada dez pessoas que recebem atendimento em UTIs seguem intubadas e usando respiradores. Nesta tarde, havia 2.041 pacientes nessa condição.
Já a fila de remoção para um leito de UTI passou de 148 para 130 pessoas, nesta quinta.