Gabinete de Crise do governo gaúcho discute possibilidade de bandeira vermelha

Apesar do movimento, decisão de flexibilizar é mais complexa

Governador Eduardo Leite | Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / Divulgação / CP

A reunião do Gabinete de Crise do governo gaúcho, nesta quinta-feira, entre 9h e 12h, tem potencial para ser uma das mais complexas desde a formação do grupo. Após oito semanas consecutivas em que o Rio Grande do Sul ficou integralmente pintado de preto, há expectativa de que a cor vermelha volte a aparecer no mapa de Distanciamento Controlado, que será divulgado nesta sexta-feira.

Os números de leitos ocupados e de contaminações dão sinais de redução, mas ainda em patamares muito altos e, agora, mais lentos. As decisões envolvendo o fechamento de atividades e medidas mais restritivas, impostas pelas bandeiras pretas, definitivamente, são difíceis. Mas a definição por flexibilizações permitidas na bandeira vermelha, que em função da cogestão permite a prefeitos adotarem regras ainda mais brandas, da bandeira laranja, são, sem dúvida, mais arriscadas e complexas.

E está será uma das principais pautas do Gabinete de Crise. Como recuar para a bandeira vermelha em algumas regiões sem passar a mensagem de que a pandemia não representa mais uma grave ameaça? O estabelecimento de travas e regras mais rígidas do que as permitidas na classificação vermelha, que pode evoluir para a laranja, é a fórmula que o governo busca para manter a situação sob certo controle.

No encontro, o prefeito Sebastião Melo (MDB), que preside a Granpal, levará solicitação para a classificação vermelha para os municípios da região Metropolitana. Melo foi convidado recentemente para integrar o Gabinete de Crise, representando a Granpal. Na reunião desta quinta-feira, o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Luiz Carlos Busato, levará o pedido para que a Famurs também tenha assento no grupo.