O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (21) que sua pasta está estudando a viabilidade do uso do coquetel contra a Covid-19 aprovado nesta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O custo do medicamento pode ser o principal entrave.
Os dois medicamentos, combinados, poderão ser usados para combater casos leves e moderados em pacientes diagnosticados com a doença. O Regen-Cov terá uso restrito em hospitais. Nos Estados Unidos, onde é usado desde o ano passado, estima-se que o tratamento custe de R$ 8.350 a R$ 36.200.
“O presidente da República determinou que todas as inovações que pudessem trazer benefícios para os pacientes fossem analisadas, até mesmo para que o tratamento seja mais rápido. Por isso, vamos estudar”, disse Queiroga.
Segundo ele, o Ministério da Saúde vai analisar todas as medicações inovadoras que surgirem, começando pelo Regen-Cov, que ainda não está disponível nos hospitais brasileiros.
“São novas perspectivas que precisam ser avaliadas dentro do que determina a legislação brasileira. Em relação a inovações, há uma comissão permanente no Ministério da Saúde que faz essas análises quanto a segurança dos fármacos, quanto a efetividade, custo, impacto no orçamento. Isso tudo precisa ser bem visto”, declarou.
Spray de Israel
Queiroga comentou que o spray de Israel, que chegou a ser defendido pelo presidente Bolsonaro como um remédio promissor contra a Covid, “é uma perspectiva, mas não é tão concreta como é o coquetel que já tem registro na Anvisa”. O ministro descoversou quando foi questionado se Bolsonaro tomou ou não a vacina e se ele, como titular da Saúde, tem autoridade para orientar o presidente sobre esse tema.
“O presidente me nomeou ministro de Estado da Saúde, então, eu tenho abertura pra conversar com ele sobre qualquer assunto. Mas essa questão de tomar a vacina é privada. Nossa Constituição assegura a todos a inviabilidade da vida privada, é preciso observar isso”, ressaltou.