Ao completar 3 meses de campanha para imunização em massa da população contra o coronavírus, o Brasil segue com baixíssimo índice de aplicação diária de doses – cerca de meio milhão ao dia, o que equivale à metade da meta estabelecida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que completou um mês no cargo.
Com 26,6 milhões de vacinados com a primeira dose, o Brasil alcança 12,57% de sua população, mas a imunização completa, que ocorre somente com a segunda dose, chegou para apenas 4,76% da população.
Colaboram para este quadro o atraso na importação de vacinas e a falta de insumos internalizados no país para a fabricação pelos dois principais institutos nacionais, Butantan e Fiocruz. O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da CoronaVac, imunizante aplicado em 80% dos vacinados, teve uma queda importante no volume de produção em abril, comparado com março: de 23 milhões de doses para menos de 10 milhões.
Embora a redução estivesse programada, a queda no fornecimento teve impacto na campanha e ocasionou descontinuidade de várias capitais e cidades de porte médio.
CPI da Covid
O atraso na compra de vacinas prontas ou de matéria-prima para fabricá-las aqui será um dos pontos investigados na CPI da Covid, que terá sua primeira reunião na terça-feira da semana que vem (27).
O objetivo do grupo de trabalho é investigar a atuação do governo federal no combate à pandemia, em especial as ações relacionadas ao colapso do sistema de saúde de Amazonas, em janeiro deste ano, e os repasses de verbas federais a estados e municípios.