O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recebeu, nesta quarta-feira, mais de 3,2 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. Chegaram 1 milhão de doses da CoronaVac e outras 2,2 milhões da vacina Oxford/AstraZeneca.
Com esse novo lote, o Instituto Butantan disponibilizou 40,7 milhões de doses da vacina ao governo federal. Isso corresponde a 88,4% de um total de 46 milhões de doses contratuais que devem ser entregues ao governo federal até 30 de abril. Um segundo contrato prevê a entrega de mais 54 milhões de doses até o fim de setembro.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse em entrevista coletiva que o restante das doses a serem entregues ao governo federal depende da chegada de insumos provenientes da China. A expectativa é de que 3 mil litros de insumo, suficientes para fabricar 5 milhões de doses da vacina e inicialmente previstos para serem entregues na primeira semana de abril, cheguem a São Paulo somente no dia 19. Com isso, as doses para completar as 46 milhões previstas no primeiro contrato, para 30 de abril, só serão entregues no começo de maio.
Das 2,2 milhões de doses liberadas pela Fiocruz hoje, 215 mil ficarão no estado do Rio de Janeiro, onde fica a sede da fábrica de vacinas de Bio-Manguinhos. As demais serão distribuídas pelo Ministério da Saúde aos estados e ao Distrito Federal. A expectativa da fundação é disponibilizar, ainda nesta semana, um total de 5 milhões de doses, com a liberação de mais 2,8 milhões na sexta-feira. O total de doses entregues desde o início da produção chegou a 5,8 milhões na semana passada, e, com os números desta semana, a Fiocruz vai superar 10 milhões de doses produzidas no país. Mais 4 milhões de doses da vacina foram importadas prontas da Índia e passaram pelo instituto tecnológico apenas para rotulagem em português.
No mês de abril, o cronograma da Fiocruz prevê a entrega de 18 milhões de doses de vacinas. Na semana que vem, serão mais 4,7 milhões, e, entre 26 de abril e 1 de maio, 6,7 milhões de doses chegarão ao PNI.
A previsão é que as entregas cresçam em volume nos próximos meses e cheguem a 21,5 milhões, em maio; 34,2 milhões, em junho; e 22 milhões, em julho. Nesse ritmo, a fundação espera cumprir a meta de produzir 100,4 milhões de doses a partir do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado, conforme acordo firmado com a AstraZeneca. No segundo semestre, a Fiocruz prevê produzir 110 milhões de doses já com o IFA fabricado no Brasil.
