A fila de espera de pacientes esperando remoção para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) registrou recuo de 41,2% no Rio Grande do Sul. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o número de pessoas nessa condição diminuiu de 250 para 147, entre o dia 5 de abril e a tarde desta terça-feira.
A maior parte desses pacientes está na Capital. São 98 nesta tarde, enquanto que na segunda-feira da semana passada eram 147, o que representa uma queda de 33,33%.
Contudo, a ocupação geral dos leitos de UTI, tanto no Estado quanto em Porto Alegre, permanece crítica. Em território gaúcho o índice é de 91,29%, com 3.105 pacientes em estado grave para 3.404 vagas. A grande maioria das hospitalizações em estado grave (73%) está relacionada ao coronavírus.
A rede privada segue com o pior cenário, com lotação de 102,7%. Nas instituições que atendem pelo SUS, a ocupação é de 87%.
Em relação as regiões, apenas 5 das 21, divididas pelo modelo do distanciamento controlado, seguem com mais pacientes do que leitos de alta complexidade. Uruguaiana, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul tinham, nesta tarde, as piores situações – com a ocupação geral das UTIs variando entre 106% e 118%.
Entretanto, o uso dos leitos clínicos, dedicados a casos suspeitos e confirmados de coronavírus permanece em queda acentuada. Atualmente, há 3.228 pacientes nessa condição. O número representa recuo de 48,17%, se comparado às 6.229 pessoas que eram atendidas em leitos clínicos no dia 12 de março, pico da pandemia.
Já na capital, a lotação segue próxima do limite, com 98,79% de lotação. Nesta tarde, havia 977 pessoas em estado grave para 993 leitos de alta complexidade. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dos 18 hospitais monitorados, oito atendem no limite ou acima da capacidade. Ernesto Dornelles (150%), Conceição (147,46%) e Moinhos de Vento (130,30%) são os mais sobrecarregados nesta terça.
A pressão também permanece sobre as emergências adulto de hospitais de referência e prontos atendimentos, que nesta tarde atingiam 124% e 132% de ocupação geral, respectivamente. Hospitais Restinga e Clínicas recebiam um número de pacientes duas vezes acima da capacidade, enquanto o Pronto Atendimento da Bom Jesus atendia três vezes acima do limite.