O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (12), a campanha da vacinação nacional contra a gripe – que começou hoje e vai até o dia 9 de julho. Mas o assunto principal da entrevista coletiva do ministro Marcelo Queiroga foi sobre a compra de novos imunizantes contra a Covid-19. O médico afirmou que, por enquanto, tem garantido 30,5 milhões de doses de imunizantes em abril.
“O cronograma se refere à doses estimadas, porque depende da entrega. Neste mês, temos assegurados 30,5 milhões de vacinas, que são as produzidas na Fiocruz e no Butantan. Havia possibilidade da Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, mas infelizmente a Anvisa não autorizou e tivemos que tirar essas doses da previsão”, explicou o ministro.
Além disso, Marcelo Queiroga garantiu que a falta de imunizantes não acontece só no Brasil, visto que o consórcio Covax Facility, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), não está conseguindo fazer as entregas prometidas.
“Há uma carência de vacinas no mundo. Deveríamos ter recebido em janeiro vacinas do consórcio Covax Facility e está atrasado. Temos falado diretamente com o Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS e os problemas estão em todos os lugares”, disse.
O ministro lembrou que conseguiu atingir a meta de aplicação de um milhão de doses da vacina da Covid ao dia, conforme prometido quando assumiu o Ministério.
“Nós queríamos vacinar mais. Se tivéssemos mais vacinas, nós faríamos. Já estamos vacinando um milhão de pessoas por dia, conforme tinha dito. Mas, lamentavelmente não temos essas vacinas. Alíás, nem nós, nem vários outros países. Nós estamos tentando, por meio de relações diplomáticas, comprar mais IFA (princípio ativo das vacina) e imunizantes”, disse Queiroga.
Alerta pela procura da segunda dose
O Ministério da Saúde tem a preocupação que as pessoas que receberam a primeira dose da vacina da Covid-19 voltem para a segunda dose e ministro fez um apelo para a população.
“Muitos tomaram a primeira dose para a Covid-19, é preciso que aqueles que não tomaram a segunda dose, procurarem os postos de vacinação e se vacine. Se não todos os esforços, que são tão cobrados acertadamente, não terão resultados. Os brasileiros que tomaram a primeira dose, têm de tomar a segunda, só assim conseguiremos controlar essa crise sanitária”, salientou.
Marcelo Queiroga saiu antes do fim da entrevista coletiva alegando reunião. “O assunto de hoje é a vacina da gripe. Vocês vão me dar licença agora, por favor, que tenho de comprar mais vacinas da Covid para a população brasileira”, finalizou sem revelar com qual empresa seria a conversa.