Os peruanos e os equatorianos vão às urnas neste domingo (11) para eleger novos presidentes. Este já é o segundo turno no Equador, mas, no Peru, há chances de que a disputa se arraste até 6 de junho, quando está marcado o segundo turno. O pleito ocorre em meio ao agravamento da pandemia de Covid-19 e aumento do número de mortes e casos da doença, além da crise econômica
Peru
São 18 candidatos na disputa, ainda assim, até o final da campanha, a população peruana demonstrou apatia pelo pleito, em um período de cinco anos marcado por agitações, e 28% não sabiam em quem votar.
Sem partidos políticos fortes, há 10 candidatos de direita ou centro-direita, quatro de esquerda, três nacionalistas e um de centro. Nenhum deles ultrapassa 10% da intenção de voto. Se isso se confirmar, haverá segundo turno no dia 6 de junho.
Os sete candidatos com mais chances de votação são: o ex-legislador Yonhy Lescano (centro à direita), a antropóloga Verónika Mendoza (esquerda), o economista Hernando de Soto (direita), Keiko Fujimori (direita populista), o ex-jogador de futebol George Forsyth (centro direita), professor e sindicalista Pedro Castillo (esquerda radical) e empresário Rafael López Aliaga (extrema direita).
Nas eleições, o Congresso unicameral de 130 membros também será renovado.
Votação à distância
O novo presidente deve tomar posse em 28 de julho, dia em que o Peru comemora o bicentenário de sua independência, e tem o desafio de superar a emergência sanitária, a recessão econômica e a crise política em um país de 33 milhões de habitantes.
Os centros de votação abrem às 7h e funcionarão por 12 horas, quatro a mais que o normal, para receber os votos de 25 milhões de peruanos, que viram a aprovação de quatro presidentes desde 2018.
O ONPE (Escritório Eleitoral Nacional) instalou 11.402 centros de votação, três vezes mais do que o habitual, para tentar evitar aglomerações.
Equador
A corrida para a eleição presidencial deste domingo (11) no Equador foi marcada pela campanha de difamação nas redes e polarização entre esquerda e direita. O país tem 17,4 milhões de habitantes.
O economista Andrés Arauz, pupilo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), e o ex-banqueiro conservador Guillermo Lasso se acusaram de promover a desinformação nas eleições que vão definir o sucessor de Lenín Moreno.
Arauz tem 36 anos e foi o vencedor do primeiro turno com 32,72% dos votos. Já o conservador, de 65 anos, conquistou apoio de 19,74% da população.