O vereador Dr. Jairinho negou ter agredido a filha de uma ex-namorada no primeiro depoimento à polícia após a prisão pela morte do enteado Henry Borel, registrada na última quinta-feira. A denúncia veio à tona durante a investigação do caso de Henry e é apurado pela polícia. A menina tinha a mesma idade do enteado de Dr. Jairinho quando conviveu com o vereador.
De acordo com a mãe da vítima, a filha foi agredida com cascudos na cabeça e até afundada em um piscina pelo ex-namorado. No entanto, Dr. Jairinho negou que tenha ficado sozinho com a criança e disse que a levou apenas uma vez para um lanche, por cerca de 20 minutos, na presença de um primo menor.
O casal se relacionou por dois anos, quando Dr. Jairinho ainda era casado com a mãe dos filhos dele. No depoimento, o vereador confirmou ainda que brigava com frequência com a ex-mulher e que houve agressões verbais, mas nunca físicas. Ele disse ainda que passou a ser perseguido pela ex-namorada após o fim do relacionamento e que a intenção era de gerar instabilidade no casamento dele.
Morte de Henry
O vereador Dr. Jairinho está preso temporariamente em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, suspeito, junto com a namorada Monique Medeiros, de ser responsável pela morte do enteado, o menino Henry. De acordo com fontes da Record TV, Dr. Jairinho não manifestou emoção durante a primeira noite na prisão. Ele apenas disse que se sentia injustiçado.
Para o delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso, “não resta a menor dúvida” de que a mãe e o padrasto da criança causaram a morte do menino. Segundo ele, o casal será indiciado por homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e sem chances de defesa da vítima.
A versão do casal de que Henry foi vítima de um acidente doméstico é totalmente descartada pelos investigadores em razão das múltiplas lesões no corpo do menino.