Porto Alegre voltou a registrar, na tarde deste sábado, menos de mil pacientes internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Até as 15h30, havia 999 pessoas nesta condição. A marca não era atingida desde o dia 4 de março, quando eram 989 pacientes em UTI no fim daquela tarde.
Mesmo assim, a pressão nos hospitais permanece crítica, já que a taxa de ocupação geral das UTIs é de 100,81%, dos 994 leitos disponíveis. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), das 18 instituições monitoradas, metade segue operando as unidades destinadas a pacientes graves no limite ou acima da capacidade máxima.
Neste contexto, os piores cenários são nos hospitais Conceição (142,37%), Fêmina (133%), que é uma maternidade e não há registro de paciente internado com coronavírus, Moinhos de Vento (130,30%), Ernesto Dornelles (127,50%) e São Lucas (125,42%). Vale destacar que os hospitais Conceição, Santa Ana e Porto Alegre ainda não atualizaram as suas condições nesta tarde.
A média de pacientes internados em estado grave relacionados ao coronavírus, apesar de queda se comparado com a semana anterior, permanece elevada. Nesta tarde, 69,46% das pessoas nesta condição testaram positivo para a doença ou aguardam o resultado dos exames.
Já a fila de espera de pacientes que aguardam remoção para um leito de alta complexidade também apresentou recuo, passando de 99 na noite dessa sexta para 94 neste sábado.
No entanto, a pressão nas emergências adulto em hospitais de referência e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) segue alta, com 112,32% e 131,64% de lotação, respectivamente.
Os hospitais de Clínicas e Restinga atendem, neste momento, quase duas vezes acima da capacidade, e o Pronto Atendimento da Bom Jesus opera com mais de 285% de ocupação