Frente pede a prefeitos para cumprirem ordem do STF de cultos

Entidade, porém, sugere ao presidente da Corte para se manifestar "urgentemente" para resolver "flagrante contradição"

Foto: Fellipe Sampaio / STF

O presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), o ex-prefeito de Campinas (SP) Jonas Donizette (PSB), se manifestou favorável neste domingo (04) sobre a determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques, que ordenou a reabertura de igrejas para cerimônias religiosas a partir de hoje.

“Decisões judiciais precisam ser obedecidas. Por isso, é importante que os prefeitos cumpram o que foi decidido pelo ministro Nunes Marques sobre o funcionamento de templos religiosos”, recomendou Donizette.

Donizette, porém, pediu para o presidente do STF, ministro Luiz Fux, se posicionar “urgentemente” sobre o assunto, a fim de esclarecer qual decisão deve ser seguida e, assim, eliminar a “flagrante contradição que atrapalha o enfrentamento à pandemia em um país federado e de dimensões continentais como o nosso”.

“A decisão do plenário, que determinou que os municípios têm prerrogativa de estabelecer critérios de abertura e fechamento das atividades em seus territórios ou essa liminar?”, questionou o presidente da FNP.

Imbróglio em BH

A manifestação do presidente da FNP, ao pedir um posicionamento do presidente da mais alta Corte do país, ocorre depois que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), avisou, no último sábado (03), que não cumpriria a decisão de Nunes Marques. A justificativa, segundo ele, é que o plenário do Supremo já havia dado o poder de decidir sobre as restrições aos prefeitos.

“Em Belo Horizonte, acompanhamos o Plenário do Supremo Tribunal Federal. O que vale é o decreto do Prefeito. Estão proibidos os cultos e missas presenciais”, disse ontem Kalil em uma rede social.