UTIs do RS operam abaixo dos 100% de ocupação nesta quinta

Ainda em colapso, sistema hospitalar gaúcho registra fila de mais de 300pacientes no aguardo por leito de tratamento intensivo

Pelo segundo dia consecutivo, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão operando abaixo dos 100% no Rio Grande do Sul. Até às 15h desta quinta-feira, a taxa de ocupação geral era de 98,5%, número que representa estabilidade desde o pico da pandemia no dia 15 de março. Conforme o Comitê de Dados do Estado, a diminuição da lotação das UTIs é reflexo, principalmente, do aumento no número de leitos de tratamento intensivo, além da suspensão do atendimento a pacientes por outras problemas de saúde.

Por conta disso, o sistema hospitalar gaúcho segue em alerta, principalmente devido a fila de espera de pacientes por leito de UTI, que ainda é grande. Atualmente, são 310 pessoas nesta condição, número menor do que o registrado ontem a tarde, quando havia 383 pacientes em estado grave necessitando de uma vaga em UTI, e 54% menor do que o registrado na metade do mês, quando a situação atingia um total de 671 pessoas.

Além disso, nas últimas duas semanas o Estado apresentou queda significativa nas internações em leitos clínicos. No dia 12 de março, havia 6.229 pacientes, enquanto nesta quinta-feira, são 4.391, o que corresponde a um recuo de 29,50%.

UTIs seguem trabalhando acima da capacidade na Capital

A taxa de ocupação geral das UTIs em Porto Alegre é de 108% nesta tarde. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dos 18 hospitais monitorados, 13 estão com as unidades trabalhando no limite ou acima da capacidade.

No entanto, a Capital registra nesta tarde o menor número de pacientes internados em estado grave com diagnóstico positivo de coronavírus. Atualmente, são 793 pessoas, enquanto no dia 17 de março havia 815.

A fila de pacientes à espera por um leito de UTI também diminuiu, passando de 379 pessoas no pico da pandemia registrado na metade do mês para 172 nesta quinta, o que corresponde a uma redução de 54,6%.

Outro indicador que apresentou redução foi a pressão sobre as emergências de hospitais referência da cidade que precisaram transformar estes setores em UTIs por conta da demanda causada pela pandemia. No entanto, o número de pessoas internados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) apresentou pequeno aumento, passando de 140,62% de lotação na quarta para 142,58% nesta tarde.