Um grupo de servidores ligados a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) realizou nesta quinta-feira um protesto na frente do Paço Municipal. Os funcionários pediam “Vacina Já”. Eles estavam em aproximadamente 50 pessoas e carregavam cartazes onde pediam “Prevenção = Vacina Já”, entre outras mensagens.
A psicóloga Samantha Gonçalves, da Fasc, disse que os funcionários estão reivindicando o direito de receberem a vacina contra o coronavírus. A profissional que atua no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) afirmou que os trabalhadores da assistência social são essenciais e estão há um ano atuando na linha de frente. “Estamos trabalhando desde o começo da pandemia e não estamos em nenhuma etapa do plano de vacinação”, ressaltou.
Segundo ela, somente na semana passada, atendia mais de 200 imigrantes para entrega de cestas básicas. “Não existe previsão de imunização dos trabalhadores. Estamos na linha de frente e atendemos a população mais vulnerável da cidade”, acrescentou.
Por conta do protesto, uma comissão dos servidores da fundação foi recebida pelo chefe gabinete do prefeito Melo, André Coronel, para quem entregaram uma reivindicação da necessidade de vacinação imediata para trabalhadores da Fasc, que foram considerados essenciais na pandemia, pelo decreto municipal 20.534, e que agora não estão dentro do grupo de prioridades para a imunização.
Em resposta a reportagem, a Prefeitura de Porto Alegre alegou que o calendário é definido pelo Ministério da Saúde, sendo necessário cumpri-lo. Ao município cabe apenas aplicar os imunizantes.
Durante live nesta quinta-feira, o prefeito da Capital, Sebastião Melo, afirmou ser justa as reivindicações, mas destacou que “existe um plano nacional de vacinação. O Brasil todo tem 6000 municípios. Imagina se cada município estabelecesse o seu plano?”, questionou.