O Peru prorrogou até 15 de abril a suspensão dos voos do Brasil, Reino Unido e África do Sul para mitigar a entrada de novas variantes do coronavírus, no momento em que o país enfrenta uma segunda onda da pandemia, informou o governo nesta quinta-feira.
“Dado que a situação epidemiológica da Covid-19 está em desenvolvimento com a confirmação de uma variante do SARS-CoV-2, se faz necessário manter a suspensão dos voos de passageiros do Reino Unido, África do Sul e Brasil de 1º a 15 de abril”, afirma decreto publicado no Diário Oficial.
O Peru restringiu os voos do Reino Unido e da África do Sul em meados de dezembro, e do Brasil a partir de 26 de janeiro, devido às novas variantes mais contagiosas do coronavírus que surgiram nesses países. A suspensão expirou em 31 de março, e o governo avalia a cada 15 dias se a suspende ou mantém, dependendo da evolução da pandemia.
Bolívia fecha fronteiras com o Brasil por sete dias
A Bolívia ordenou o fechamento preventivo de sua fronteira com o Brasil a partir de sexta-feira por uma semana, para proteger sua população diante da eventual circulação de uma nova variante da Covid-19. “Como parte das medidas de proteção à população, instruímos o fechamento temporário das fronteiras com o Brasil por 7 dias”, informou o presidente da Bolívia, Luis Arce, em sua conta no Twitter.
Ele acrescentou que nos municípios bolivianos fronteiriços onde for verificada a “circulação de variantes” do coronavírus do Brasil, será feito “encapsulamento” ou quarentena, “estabelecendo controles para sua mitigação, pelo tempo que for necessário”. O presidente destacou que os ministérios das Relações Exteriores, Saúde e Governo (Interior) poderão ordenar confinamentos temporários em outras partes do país, de acordo com a evolução epidemiológica.
O governo ainda não comunicou quais medidas específicas serão aplicadas para as viagens aéreas. Até agora, cada pessoa que entra no país deve apresentar um resultado negativo.
O Brasil viveu em março o pior mês da pandemia, com mais de 66.000 mortes, mais que o dobro do número em julho de 2020, que havia sido o mês mais letal, em meio a uma onda de infecções.
Veículos locais em várias cidades bolivianas que fazem fronteira com estados brasileiros relataram um aumento no número de infectados pelo coronavírus, embora as autoridades de saúde não tenham confirmado que uma nova cepa do vírus está circulando.
Um comunicado do governo boliviano de La Paz, capital do país, ordenou no início da semana a aceleração da campanha de vacinação em cidades na fronteira com o Brasil, por temor de que uma nova variante da doença possa estar circulando.
A Bolívia, com 11,5 milhões de habitantes, acumula 272.411 casos e 12.257 óbitos. O país começou a vacinar seu pessoal médico e pessoas com patologias de risco em fevereiro e planeja atingir toda a sua população adulta entre agosto e setembro, com doses da chinesa Sinopharm, russa Sputnik V, americana Pfizer e britânica AstraZeneca.