É grande a resistência entre prefeitos gaúchos à forma como o governo do Estado apresentou a proposta de privatização da Corsan e os gestores municipais prometem se mobilizar para garantir autonomia nos debates. O primeiro embate deve ocorrer em breve, e ficou definido nesta manhã. Em reunião virtual de mais de duas horas de duração, e que chegou a contar com a participação de 301 prefeitos, a Famurs aprovou uma nota na qual solicita ao Executivo e à Assembleia Legislativa a suspensão da tramitação no Legislativo da PEC que desobriga a necessidade de realização de um plebiscito para decidir sobre a privatização da Corsan, do Banrisul e da Procergs.
“Sem os municípios não existe Corsan. São os municípios que detêm o direito à água e ao esgoto. Portanto, o destino da Corsan não pode ser decidido sem a participação dos municípios. Não abrimos mão do nosso direito de participar. Privatizada ou não, é fato que ela deve e pode melhorar. Assim, até que este diálogo seja realizado, e o projeto apresentado com clareza e transparência, solicitamos ao governo do Estado e à Assembleia do RS a suspensão da tramitação da PEC que extingue o plebiscito. É preciso diálogo verdadeiro. É preciso transparência. É preciso clareza. Qual o projeto? Por que a pressa?”, diz trecho do documento.
Na reunião, entre os que falaram, ocorreram manifestações contrárias e favoráveis à privatização, com maioria das primeiras. Mas foi praticamente unânime entre os prefeitos o entendimento de que o Executivo estadual “atropelou” os prefeitos.