O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementou o Programa de Vigilância e Monitoramento da Resistência aos Antimicrobianos no Âmbito da Agropecuária com objetivo de avaliar riscos, tendências e padrões na ocorrência e disseminação da resistência aos antimicrobianos por meio de alimentos de origem animal produzidos no Brasil, bem como prover dados essenciais para análises de risco relevantes à saúde animal e humana.
O programa faz parte das atividades estabelecidas no Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO), que descreve as ações específicas a serem desenvolvidas pelo setor relacionadas ao tema.
A primeira etapa do programa será executada de forma progressiva até o ano de 2022, subdividindo-se em duas fases. Na fase 1, já em andamento, o monitoramento está sendo realizado de forma passiva. Já na fase 2, o programa será estendido, com a ampliação das cadeias produtivas a serem monitoradas e o início do monitoramento ativo por meio da coleta de amostras específicas para avaliação da resistência. Ao final das duas fases, será realizada uma avaliação desta primeira etapa do programa e dos resultados obtidos com o objetivo de definir as atividades e estratégias a serem implementadas nas próximas etapas, a partir do ano de 2023.
“As informações geradas pelo programa vão embasar o processo de tomada de decisão e estabelecimento de políticas públicas adicionais para a prevenção e controle da resistência aos antimicrobianos na cadeia de produção de alimentos, reforçando o compromisso do país com o tema”, esclarece o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes.
A resistência aos antimicrobianos é um dos maiores desafios para a saúde pública, com importante impacto na saúde humana e dos animais. Afeta também a economia global, pela redução da produtividade e aumento nos custos de tratamentos. Em função de sua importância e complexidade, o tema é tratado no contexto mundial respeitando-se a abordagem de Saúde Única, trabalhando em conjunto a saúde humana, animal e ambiental.