Hospital de Campo Bom abre sindicância para investigar falha em sistema de oxigênio

Pelo menos seis pessoas morreram em razão do problema

Foto: Daniela Moraes/Prefeitura de Campo Bom

No início da tarde desta sexta-feira(19), a direção do Hospital Lauro Reus, localizado em Campo Bom, se manifestou sobre uma possível falha no seu sistema de distribuição de oxigênio que causou a morte de seis pacientes que estavam internados na UTI da instituição. O hospital, que opera atualmente em 300% acima da sua capacidade, informou que, após saber do ocorrido, imediatamente instaurou uma sindicância para verificar as possíveis causas da instabilidade temporária na central de oxigênio.

A instituição garante através de nota que em nenhum momento houve “algum falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial, que acionou imediatamente o Plano de Contingência – em decorrência de uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio (O²) que durou aproximadamente 30 min”.

Vinte e seis pacientes estavam internados na UTI e emergência da instituição e precisavam da ventilação mecânica. Assim como em outros hospitais da região, em decorrência da superlotação das unidades de emergência, parte das áreas de atendimentos desses setores teve que ser adaptada para prestar socorro a pacientes graves do coronavírus.

A instituição informou às autoridades que não houve falta de insumos, mas uma pane pontual na distribuição deles aos pacientes. A Secretaria Estadual da Saúde (SES), que determinou a manutenção de um estoque mínimo de oxigênio em todos os hospitais, suficiente para uma semana, informa que está atuando “para que tenhamos informações mais detalhadas do ocorrido”.

Leia a nota no íntegra:

Com relação à informação sobre a falta de oxigênio nesta manhã no Hospital Lauro Reus, de Campo Bom, a direção da unidade de saúde esclarece que:

1) No período entre 08h10 e 08h40 da manhã desta sexta-feira (19) haviam 26 pacientes em ventilação mecânica na UTI e Emergência.

2) Não houve em momento algum falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial, que acionou imediatamente o Plano de Contingência – em decorrência de uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio (O²) que durou aproximadamente 30 min.

3)  Segundo a direção técnica do hospital, diante da gravidade geral da situação em nível mundial, e não diferente no Rio Grande do Sul, este hospital opera atualmente com capacidade próxima a 300 % acima da média.

4) Considerando os fatos, foi imediatamente instaurada uma sindicância para verificar as possíveis causas da instabilidade temporária na central de Oxigênio (O²).