O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira que o presidente da instituição, André Guilherme Brandão, entregou ao presidente Jair Bolsonaro pedido de renúncia ao cargo, a partir de 1º de abril.
Segundo comunicado, sendo aceita a renúncia pelo presidente da República, a indicação do novo presidente do Banco do Brasil deverá ser anunciada.
André Brandão estava à frente da instituição desde setembro de 2020, quando substituiu Rubem de Freitas Novaes. Antes, estava no HSBC desde 2003 e atuava como chefe global do banco espanhol para as Américas. Ele também permaneceu mais de dez anos no Citibank.
Em fevereiro, Brandão já havia avisado o presidente Jair Bolsonaro que colocara o cargo à disposição, o que deflagrou uma corrida política pela sua vaga. O executivo entrou em atrito com Bolsonaro por conta de plano de enxugamento de agências e corte de pessoal do banco.
Bolsonaro não gostou dos programas de desligamento incentivado, com previsão de adesão de 5 mil funcionários. A economia líquida anual estimada com as ações de reduções de custos implementadas pelo banco é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
No começo do mês, quatro conselheiros de administração do Banco do Brasil registraram na ata da reunião extraordinária do dia 2 de março seu apoio à gestão de Brandão, diante do que chamaram de “especulações veiculadas na imprensa sobre a possível e surpreendente substituição do presidente ainda no início de seu mandato”. O grupo pediu que o executivo fosse mantido no cargo.