A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, foi presa na madrugada deste sábado (13) após uma ordem do Ministério Público. A confirmação da prisão foi feita pelo ministro Eduardo Del Castillo Del Carpio nas redes sociais. Ele escreveu que “ela está nas mãos da polícia”.
O ministro ainda parabenizou o trabalho do Comando Geral de Polícia Boliviana e a Direção Nacional de Inteligência “na grande e histórica tarefa de fazer justiça ao povo boliviano”.
A acusada também se manifestou nas redes sociais. “Denuncio a Bolívia e ao mundo que este é um ato de abuso e perseguição política do MAS [partido governista Movimento ao Socialismo] que me mandou prender. Me acusa de ter participado de um golpe de estado que nunca ocorreu”.
Ainda na postagem, Jeanine escreveu: “Minhas orações pela Bolívia e por todos os bolivianos”.
Horas antes, ela havia postado nas redes que a perseguição política havia começado e que “o MAS havia decidido voltar ao estilo da ditadura”. A ex-presidente concluiu: “Uma pena porque a Bolívia não necessita de ditadores, necessita de liberdade e soluções”.
Nas palavras de Añez, o que ocorreu na Bolívia em 2019 não foi um golpe: “Foi uma sucessão constitucional devido a uma fraude eleitoral”.
Jeanine Añez é acusada pela Justiça por sedição (incitação à revolta) e terrorismo. Os mandados de prisão também foram emitidos contra cinco ex-ministros e a Cúpula Militar que, na ocasião, colaborou para a saída antecipada de Evo Morales do poder.