A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Dulcis que investiga uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas sintéticas no Mato Grosso. Segundo a PF, existem fortes indícios de que o líder do grupo, um ex-presidiário monitorado com tornozeleira eletrônica, usava um aluno da Universidade Federal do Mato Grosso para receber a droga, que chegava via postal do Rio Grande do Sul através dos Correios.
Na ação, os agentes apreenderam cerca de 5 mil selos de LSD em Cuiabá. Houve o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e ainda um mandado de prisão temporária. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, que determinou ainda o sequestro de um veículo obtido com o narcotráfico, tendo sido comprado à vista, em dinheiro.
Conforme as investigações, a droga sintética era anunciada em grupos de aplicativo de troca de mensagens e outras redes sociais restritas aos usuários conhecidos. O universitário contava ainda com entregadores que levavam o LSD aos compradores.
A operação Dulcis visou também prevenir e reprimir o tráfico de drogas por encomendas postais. O nome da ação vem da palavra do latim “dulcis”, que significa “doce”, como é conhecido o LSD. Os crimes investigados podem resultar em uma pena total de 25 anos de reclusão.