Maioria dos brasileiros reprova anulação de condenações de Lula, diz pesquisa

Levantamento indica insatisfação com decisão do ministro Edson Fachin, que tornou petista elegível

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A maior parte dos brasileiros discorda da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, da última segunda-feira (8), que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Praticamente seis em cada dez brasileiros (57,5%) indicaram insatisfação com a medida, segundo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira (10).

O estudo, feito entre os dias 8 e 9 de março por telefone com 2.215 pessoas de 200 cidades do país, mostrou também que 37,1% concordam com a decisão de Fachin, que permite ao petista ser candidato novamente em eleições futuras. A pesquisa mostrou ainda que 5,4% dos entrevistados não souberam ou não responderam. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro, de 2%.

Opinião por gênero

A reprovação da decisão de Fachin é maior entre os homens, já que 63,8% discordam do ministro e 32,6% concordam, além dos 3,6% que não opinaram. Entre as mulheres, 51,8% condenaram a medida, enquanto 41,2% aprovaram e 7% não souberam ou não opinaram.

Regiões do país

A reação é maior ou menor conforma a localidade dos entrevistados. Para 66,5% dos moradores do Sul, Fachin errou ao tomar tal decisão – isso representa dois em cada três habitantes da região. Apenas 27,3% aprovaram a medida, e 6,2% não souberam ou não responderam.

A situação é parecida no Sudeste, onde 64% ficaram insatisfeitos com a decisão do Supremo e 31,6% concordaram com ela. Outros 4,4% não responderam ou não opinaram. Norte e Centro-Oeste também condenam, em sua maioria, a medida. Segundo a pesquisa, 58,9% dos moradores dos estados dessas duas regiões desaprovam a medida, enquanto 34,8% concordam. Também há os 6,3% de indecisos.

Por fim, no Nordeste, a maior parte, 52,6%, concordaram com a medida que permite a volta do nome de Lula às urnas. Outros 41,3% reprovaram e 6,1% não quiseram participar das respostas da pesquisa.