No momento mais grave da pandemia no Brasil, governadores de 22 unidades da Federação divulgaram, nesta quarta-feira, uma proposta de Pacto Nacional pela Vida e pela Saúde. No documento, os chefes do Executivo estadual defendem três pilares para enfrentamento da crise sanitária: apoio a medidas restritivas, apoio aos Estados para manutenção e ampliação de leitos e expansão da vacinação. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Os governadores sugerem ainda a criação de um comitê gestor para conduzir as ações referentes ao enfrentamento da pandemia. O grupo, de acordo com o que propõe no pacto, pode ter a participação de membros dos Três Poderes e de todos os níveis da federação, além da assessoria de uma comissão de especialistas em saúde.
Os cinco governadores que, até esta quarta, não aderiram ao pacto foram Wilson Lima (PSC-AM); Ratinho Junior (PSD-PR); Cláudio Castro (PSC-RJ), Marcos Rocha (PSL-RO) e Carlos Moisés (PSL-SC).
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que propôs o pacto no último domingo, afirmou que vai continuar em busca de adesões. “Vamos seguir dialogando com os colegas que ainda faltam, para unidade nacional!”, disse.
O documento é fruto de articulações iniciadas em reunião realizada em 12 de fevereiro, da qual participaram, além dos governadores, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os governantes estaduais pediram que o Congresso assuma a linha de frente da coordenação da crise de Covid-19, alegando “omissão e negação” por parte do presidente Jair Bolsonaro.