Em resposta ao Congresso, Pazuello garante 170 milhões de vacinas até junho

Ministro da Saúde respondeu a ofício do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre cronograma de imunização contra a Covid-19

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Em resposta a um ofício dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente, cobrando informações sobre o cronograma da vacinação contra o novo coronavírus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu nesta quarta-feira que o cronograma de vacinação contra a Covid-19 está mantido, com a previsão de entregar 170 milhões de doses de vacinas de março até junho deste ano.

No cronograma, atualizado pela última vez na última quarta-feira, há a previsão de entrega de 38 milhões de doses de vacinas já em março, com a chegada de imunizantes da Covax Facility, consórcio internacional para distribuição de imunizantes, além de doses produzidas pela Fiocruz (Astrazeneca-Oxford) e Sinovac/Butantan (Coronavac).

Para abril, o Ministério projeta mais cerca de 55,7 milhões de doses, seguidas de 44 milhões em maio e outras 33 milhões até 30 de junho.

Na terça-feira, os presidentes do Congresso enviaram o ofício, com prazo de 24 horas para resposta, onde questionaram se houve alguma alteração no cronograma apresentado na semana passada aos senadores, pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Elcio Franco Filho.

Pacheco e Lira também perguntaram quais os principais obstáculos para cumprir o plano de vacinação. O ministro Pazuello respondeu que, em relação às vacinas fabricadas no Brasil, o possível atraso na entrega de insumos dos laboratórios com os quais a Fiocruz e o Instituto Butantan mantêm contrato pode atrasar o cronograma.

Em relação às vacinas importadas (Covaxin, Sputnik V, Pfizer, Janssen, Moderna e Sinopharm), o ministro citou três possíveis problemas externos que podem atrasar o plano: atrasos na apresentação dos relatórios para análise da Anvisa, na produção dos laboratórios no país de origem ou na liberação para importação pelo Brasil.

Ele ainda pontuou que a vacinação da população brasileira contra a Covid-19 é a prioridade do Ministério da Saúde. “Destaca-se necessidade urgente de empreender esforços políticos e diplomáticos conjuntos entre Governo Federal, Congresso Nacional, Estados e Municípios, para, de forma integrada, assegurar a disponibilização das vacinas, de maneira eficaz e segura”, finalizou.

Vacinação no Brasil
A quantidade de pessoas vacinadas contra a Covid-19 no Brasil chegou, nesta terça-feira, a 8.877.585, de acordo com dados reunidos pelo R7, em parceria com o Portal Covid-19 no Brasil. O número representa 4,2% da população total.

Diante da falta de vacinas a curto prazo e o recrudescimento da pandemia, que passa pelo pior momento no Brasil, o Congresso trabalha para aumentar as fontes de imunizantes. Nesta quarta, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que permite que estados, municípios e setor privado também comprem as doses caso a União não adquira doses suficientes para os grupos de risco.