Butantan: Coronavac é eficaz contra variantes do coronavírus

Pesquisa realizada em parceria com a USP demonstra que imunizante é eficiente para três variantes em circulação no país

Foto: Instituto Butantan/Divulgação

O governo de São Paulo e o Instituto Butantan anunciaram, nesta quarta-feira, uma nova pesquisa que comprova a eficiência da vacina Coronavac contra as novas variantes do coronavírus. O estudo se deu em parceria com a Universidade de São Paulo, no Instituto de Ciências Biomédicas.

A pesquisa atesta que a vacina do Butantan é eficaz contra as três novas variantes circulantes no Brasil. “A vacina do Butantan imuniza os vacinados contra as novas variantes da Covid-19. Essa é mais uma comprovação da qualidade desta vacina, que hoje imuniza nove em cada dez brasileiros em todo o país”, disse Doria.

Estudos preliminares, realizados pelo Instituto Butantan em parceria com a USP, em pessoas vacinadas, demonstraram que a Coronavac é capaz de neutralizar variantes do novo coronavírus. Os dados incluíram amostras de 35 participantes vacinados na Fase III. O estudo completo incluiu um número maior de amostras, ainda m análise.

De acordo com o instituto, as vacinas compostas de vírus inativado, como a produzida pelo Instituto Butantan, possuem todas as partes do vírus. Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com vacinas que utilizem somente uma parte da proteína Spike (proteína utilizada pelo coronavírus para infectar as células).

“A vacina do Butantan leva essa vantagem em relação às demais, pois pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentem mutação na proteína Spike”, explicou Dimas Covas, diretor do Butantan.

Segundo o governo, outra característica da vacina inativada do Instituto Butantan é que ela consegue ter uma proteína Spike completa. Vacinas com fragmentos menores dessa proteína são, em tese, menos eficazes contra as novas variantes.

Nos testes realizados pelo Instituto Butantan são utilizados os soros das pessoas vacinadas (colhido por meio de exame de sangue). As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo.