Pela primeira vez, RS registra cinco regiões sem vagas em UTIs

Regiões Metropolitana, Missioneira, Norte, da Serra e dos Vales tinham mais pacientes do que leitos na tarde desta terça-feira

Apesar de aumento do contágio por Covid-19, ocupação de UTIs no RS apresenta estabilidade | Foto: Ricardo Giusti/CP

O colapso no sistema de saúde provocado pela pandemia do coronavírus no Rio Grande do Sul bateu novo recorde nesta terça-feira. Pela primeira vez, cinco das sete macrorregiões, divididas pelo sistema de monitoramento das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Secretaria Estadual da Saúde (SES), apresentaram lotação de 100% ou mais nas UTIs.

A situação mais crítica, até às 18h, era registrada na região dos Vales, que engloba as regiões de Santa Cruz do Sul, Lajeado e Cachoeira do Sul. A taxa de ocupação era de 132,8%, com 49 pacientes acima da capacidade máxima.

Na sequência vinha a Serra gaúcha, com lotação de 110,5%, e a região Norte, com ocupação de 104%. Outra macrorregião com mais pacientes do que leitos de UTI é a Metropolitana. Na região, que contempla o maior número de regiões Covid (6) no modelo do Distanciamento Controlado, havia o registro de 1.757 pessoas para 1.680 vagas, configurando lotação de 104,5%.

Na tarde desta terça, ocorreu o ingresso da região Missioneira no monitoramento feito pela SES, com todos 190 leitos ocupados no momento.

Ao todo, o Estado registra taxa geral de ocupação das UTIs de 103,7%, com 3.188 pacientes para 3.072 leitos. Do total de internações, 2.261 (70,9%) envolvem pacientes que tiveram diagnóstico confirmado de coronavírus. Outros 163 (5,1%) dependem de resultados de exames, e 764 (24%) recebem tratamento intensivo por conta de outros problemas de saúde.

*Dados atualizados às 18h do dia 09/03/2021