O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, por 15 votos a 1, nesta terça-feira, a admissibilidade da primeira representação contra o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). A representação se refere a uma gravação, feita por Silveira, de uma reunião sigilosa do PSL no interior da Câmara dos Deputados.
Na ocasião, o parlamentar admitiu que gravou encontro em que o líder do partido, delegado Waldir (GO), afirmou que queria “implodir” o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A Record TV e o R7 revelaram o caso.
O parecer aprovado é do deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP). O próximo passo é a apresentação de defesa, indicação de testemunhas e a elaboração de um novo parecer, a ser votado pelo grupo.
O processo pode levar, ao todo, cerca de 60 dias e pode gerar punições contra Silveira, como suspensão ou mesmo a cassação do mandato – medidas que terão de ser aprovadas pelo plenário da Câmara com no mínimo 257 votos.
Silveira está preso desde 16 de fevereiro após divulgar vídeo com ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e apologia ao AI-5, medida da ditadura militar que representou o período de maior repressão. Com o processo, o deputado fica afastado do cargo.