Brasil registra aumento de 11% em mortes pela Covid-19 em uma semana

País bateu recorde de óbitos semanal pela doença

Foto: Ricardo Giusti/CP

O Brasil bateu recorde de mortes semanais pela Covid-19, segundo o mais novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado hoje. Na semana epidemiológica 8, de 21 a 27 de fevereiro, foram registrados 8.244 novos óbitos. O resultado representou um aumento de 11% sobre a semana anterior, quando as autoridades de saúde notificaram 7.445 mortes pelo novo coronavírus.

Com isso, o país ultrapassou o pico anteriormente registrado, na semana epidemiológica 30 de 2020, de 19 a 25 de julho. A pandemia retomou uma curva ascendente a partir de novembro, com um pico na virada do ano e crescimento oscilante desde então.

boletim epidemiológico 52
Imagem: Secretarias Estaduais de Saúde / Agência Brasil
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Imagem: Secretarias Estaduais de Saúde / Agência Brasil

Na semana epidemiológica 8, foram registrados 378.084 novos casos, um aumento de 11% em relação à semana anterior. O total ficou pouco abaixo do recorde de 379.061 novos diagnósticos positivos, registrado na metade de janeiro.

Situação nos estados:

O boletim epidemiológico trouxe 18 unidades da Federação com aumento de casos na semana epidemiológica 8, enquanto três ficaram estáveis e seis tiveram redução em relação ao boletim anterior. Os maiores aumentos ocorreram no Rio Grande do Sul (95%) e em Goiás (70%). Já as quedas mais intensas ocorreram no Rio Grande do Norte (-52%) e Alagoas (-24%).

Quando consideradas as mortes, o número de estados com acréscimo das curvas ficou em 16. Sete unidades da Federação ficaram estáveis e quatro tiveram diminuição em relação ao balanço da semana anterior.

Os aumentos mais representativos foram registrados em Goiás (64%) e no Rio Grande do Sul (48%). As quedas mais efetivas aconteceram em Pernambuco (-31%) e Amazonas (-28%).

Os casos voltaram a ficar mais fortes nas regiões interioranas do país. Enquanto nas capitais e cidades adjacentes foram responsáveis por 37% dos novos diagnósticos positivos, nas cidades do interior ocorreram 63% das novas contaminações.

Nas mortes, os municípios do interior ultrapassaram as regiões metropolitanas e foram responsáveis por 53% das vidas perdidas. As capitais e cidades adjacentes responderam pelos outros 47%.