Análise de esgoto em São Leopoldo mostra novo aumento na circulação do vírus

Material analisado havia sido coletado na segunda-feira

Foto: Manuel Loncan/Fepam

Saiu, nesta sexta-feira, o resultado de mais uma coleta de amostra de esgoto da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Vicentina, em São Leopoldo, referente ao estudo que verifica a presença de coronavírus na rede. Os índices apontaram aumento superior a 2000% da carga viral, indicando uma maior presença do vírus na população que gera o esgoto daquela região.

O material, coletado nessa segunda-feira, apresentou 1.675.628 (Cg/L), sendo o maior resultado, até então, da estação de tratamento. A quantidade de cópias genômicas por litro, da amostra do dia 1º de de fevereiro, de 1.535.990 (Cg/L), gerou um alerta à população local, já que, na época, representou um aumento superior a 2000% na relação com amostras anteriores.

De acordo com a diretora de Operação da autarquia, Viviane Feijó, esse resultado mostra o aumento do contágio no município de São Leopoldo. “Apesar de algumas variações, os resultados vêm em uma crescente, estando em acordo com o aumento da contaminação, registrado pela Secretaria de Saúde”, comenta.

As coletas ocorrem através de parceria do Semae com órgãos como CEVS, Fepam, Ufrgs, Feevale, secretarias municipais, Dmae e Corsan. As coletas ocorrem na ETE Vicentina e as análises, no Laboratório de Microbiologia da Ufrgs. A ETE Vicentina atende os bairros São Miguel e Centro, e parte dos bairros Santos Dumont, Rio dos Sinos e Vicentina, sendo responsável pelo tratamento de esgoto de cerca de 54 mil habitantes.

O estudo é importante porque acompanha a distribuição do contágio nas áreas monitoradas, podendo ser utilizado para promover ações antes mesmo de serem registrados casos nas unidades de saúde.