A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou, nesta quinta-feira, reunião com representantes da vacina indiana Covaxin contra a Ccovid-19. Participaram do encontro o laboratório Bharat Biotech, que desenvolveu o imunizante na Índia, o laboratório Precisa Farmacêutica, que representa a farmacêutica no Brasil, e o Instituto Albert Einstein, envolvido nos possíveis testes da vacina no país.
Segundo a agência, o objetivo do encontro era a troca de informações sobre os estudos e dados que ainda devem ser apresentados, tanto para a autorização de estudos clínicos no Brasil como para a realização de pedido de uso emergencial da vacina.
O Ministério da Saúde confirmou na quarta-feira que assinou contrato com a Precisa Medicamentos para a compra de 20 milhões de doses, sendo que 8 milhões já devem estar à disposição da pasta ainda neste mês.
A Covaxin ainda não teve autorização para uso no Brasil. A previsão, de acordo com informado pela Anvisa, é que uma nova reunião seja realizada na próxima semana.
Técnicos da agência seguem na fábrica da Covaxin, na Índia, para a chamada inspeção de Boas Práticas de Fabricação, pré-requisito para pedido de uso emergencial ou de registro da vacina no Brasil.
A Covaxin já vem sendo aplicada na Índia por meio de uso emergencial. Estudos sobre a eficácia do imunizante não foram publicados ainda em periódicos científicos, mas o governo indiano divulgou na quarta-feira que a Covaxin é 81% eficaz na prevenção de casos sintomáticos da doença.
Os dados, considerados preliminares, se referem a uma pesquisa médica realizada por um órgão governamental. O estudo, com 25 mil voluntários, incluiu 2.433 idosos com mais de 60 anos e 4,5 mil pessoas com comorbidades.
Feita a partir de vírus inativado, a vacina é considerada tradicional, assim como a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.