Samu enfrenta dificuldades no atendimento em Porto Alegre

Escassez de leitos clínicos e em Unidade de Terapia Intensiva aumenta o tempo das rotinas de atendimento

Foto: Divulgação/Arquivo

O colapso do sistema de saúde de Porto Alegre, em razão da Covid-19, vem afetando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital. A escassez de leitos clínicos e em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aumenta o tempo das rotinas de atendimento, o incluindo a busca por um hospital ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a liberação das macas pelas instituições reduziu a agilidade do serviço. Estima-se que essas operações estejam durando algo em torno de 40 e 50 minutos, respectivamente, além de quase 1 hora para efetuar a desinfecção da ambulância, totalizando quase 3 horas para o fechamento de apenas um atendimento.

A situação é apontada pelo vereador Jonas Reis (PT). Entretanto, sem confirmar e nem negar os tempos mencionados pelo parlamentar da capital, o coordenador municipal de Urgências, Diego Fraga, confirmou que a situação é “bem” crítica, principalmente para achar um hospital que continue o atendimento ao paciente socorrido. “Por causa das lotações das emergências, temos esta situação, que está agravada. Enquanto a equipe cuida do atendimento, o médico regulador fica procurando um lugar. Já a liberação da ambulância depende de vários fatores”, explica.

Além disso, na medida do possível, o Samu vem fazendo uma espécie de rodízio entre as emergências para evitar que uma só acabe sobrecarregada. De outro lado, as ambulâncias do Samu também passaram a ser mais demandadas para fazer transferências de pacientes com Covid-19 das UPAs para os hospitais. “Ou é realizado pelo Samu ou por ambulância contratada pelo município. Para isso temos uma para transporte de baixa complexidade e três de suporte avançado, para transportes entre UPA e hospital, além de contratos (terceirizadas)”, esclarece. Fraga também não soube quantificar quantas transferências do tipo já foram realizadas nos últimos dias.

Com informações do repórter Gabriel Guedes/Correio do Povo