A propagação da Covid-19 segue refletindo diretamente na capacidade hospitalar gaúcha. Desta vez, a alta demanda de pacientes precisando de tratamento intensivo elevou a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para 97,5%. Por conta deste cenário, até às 18h, haviam apenas 70 leitos livres de UTI disponíveis em todo o Rio Grande do Sul.
O total de pacientes internados em UTIs é de 2.718. Desses, 1.677 tiveram diagnóstico de coronavírus confirmado. Outros 213 seguiam aguardam os resultados dos exames, apesar de sentirem os sintomas da doença. Mais 828 pessoas internaram-se devido a outras enfermidades.
No entanto, a situação encontrada nesta tarde é um pouco melhor que a dessa manhã, quando havia 60 leitos livres disponíveis, até as 12h.
Entre as macrorregiões, há três delas com UTIs acima da capacidade. A pior situação ocorre na região dos Vales, em que a taxa de ocupação é de 111,4%, seguida pela Serra, que registra 103,52%, e da Metropolitana, que pela primeira vez passa da barreira dos 100%, operando a 102,1%.
Já entre as vinte e uma regiões Covid, sete tinham operação das UTIs acima da capacidade: as de Novo Hamburgo (122%), Lajeado (115,9%), Santa Cruz do Sul (113,3%), Taquara (105,8%), Caxias do Sul (103,2%), Guaíba (102,2%) e Capão da Canoa (101,4%).
Outro ponto que chama atenção nos dados disponibilizados pelo governo estadual é em relação à taxa de ocupação dos leitos de UTIs nas redes pública e privada. Enquanto não há mais vagas em leitos particulares, onde a ocupação é de 123,6%, o Sistema Único de Saúde (SUS) opera com taxa de 88,6%.
Baixo índice de isolamento pode explicar propagação do vírus no RS
No primeiro mês do ano, o Rio Grande do Sul apresentou índice de isolamento social de 39%, em média, segundo o Comitê de Dados do Estado. No entanto, o nível registrou quedas bruscas durante fevereiro. Entre os dias 8 e 14, o RS chegou a ser o terceiro pior entre todos os estados brasileiros nesse quesito. Já no dia 19, o Estado registrou o pior índice de isolamento social desde o início da pandemia: 28,8%.
Entre as regiões, Caxias do Sul (31,4%), Santa Cruz do Sul (32,2%) e Santo Ângelo (32,6%) tiveram o pior desempenho médio no período de 15 a 21 de fevereiro.
*Atualizada às 18h