Secretário de Saúde de SC admite colapso no sistema de saúde

Com hospitais lotados, governo endureceu medidas de restrição a partir desta quinta-feira

Foto: Secom / Divulgação

Em ofício enviado aos secretários municipais de saúde, o secretário estadual de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, admitiu que o estado está em colapso em razão da pandemia de Covid-19. Com hospitais lotados e doses insuficientes de vacinas para imunizar a população, Ribeiro apelou por isolamento social.

Ribeiro pediu aos gestores municipais “que tomem medidas emergenciais para diminuir significativamente a circulação das pessoas, mantendo apenas serviços essenciais e que convoquem toda a força de trabalho da Saúde para o enfrentamento”. “Estamos mobilizados para fazer todo o possível para diminuir sofrimentos impostos às pessoas, mas a força e gravidade deste momento estão suplantando o resultado das nossas ações”, afirmou.

Desde março do ano passado, 652,8 mil pessoas tiveram resultado positivo para o teste de coronavírus. Dessas, 7,1 mil morreram. O decreto de calamidade pública para enfrentamento à Covid-19 fica estendido até 30 de junho.

Novos protocolos de saúde entraram em vigor nesta quinta-feira em Santa Catarina. Entre as medidas, está a proibição, por 15 dias, das atividades em casas noturnas e casas de espetáculos e a limitação da venda e consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis e lojas de conveniência entre 0h e 6h.

No transporte coletivo, a limitação da ocupação dos ônibus é de 50% de passageiros sentados, em todos os níveis de risco. A taxa de ocupação fica limitada a 25% em parques temáticos e zoológicos, igrejas e templos religiosos, cinemas e teatros, circos e museus.

As aulas da rede pública estadual e o funcionamento do ensino presencial seguem mantidos em todas as cidades catarinenses.