RS registra recorde de ocupação de leitos de UTI na rede privada

Às 15h desta quinta-feira, havia 749 pessoas internadas para 736 leitos; Já na rede pública taxa de ocupação chega a 88,3%

Foto: Mauro Schaefer / CP

Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede privada operaram acima da capacidade máxima, ao longo de toda a quinta-feira, no Rio Grande do Sul. Com taxa de ocupação de 101,8%, às 15h, eram 749 os pacientes recebendo tratamento intensivo para 736 leitos disponíveis. Às 21h, o número de internados caiu, para 733, e o de leitos disponíveis, para 724, o que manteve a ocupação em 101,2%.

A situação nos 1.987 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) também é crítica, já que, desse total, há 1.755 ocupados, o que significa uma taxa de lotação de 88,3%. Já a ocupação de leitos SUS e privados chega a 91,8%, maior índice registrado desde o início da pandemia.

Dos 2.488 pacientes internados em UTIs, em ambas as redes (pública e privada), 1.340 (53,85%) tiveram diagnóstico confirmado de coronavírus, 177 (7,1%)seguem aguardando o resultado dos exames, apesar de sentir os sintomas da doença, e 971 (39,1%) sofrem de outras enfermidades.

Em relação às macrorregiões, as situações mais críticas, na noite desta quinta-feira, em leitos de UTIs eram: nos Vales (114,3%), na Serra (93,4%) e na Metropolitana (92,5%).

Comitê Científico alerta sobre risco de mortes

Em nota, Comitê Científico Sobre o Momento Atual da Pandemia da COVID-19 Frente ao Agravamento da Situação Epidemiológica destacou a situação crítica vivida pela rede do SUS. Conforme os dados apresentados no documento, o cenário atual prevê que um em cada três pacientes internados na UTI por Covid-19 vai morrer em função da evolução da doença.

*Atualizada às 21h