Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Trabalho (MPT-RS) e as Defensorias Públicas da União e do Estado encaminharam, nesta quinta-feira, uma nota conjunta ao governo do Rio Grande do Sul, em que sugerem a revisão da decisão de manter o sistema de cogestão dentro do Modelo de Distanciamento Controlado. No documento, os órgãos defendem que a cogestão é inviável “no atual contexto vivenciado de agudização da pandemia de Covid-19”. Uma reunião entre o governo estadual e a Famurs debate o tema na tarde desta quinta-feira.
Para as entidades, os planos estruturados de prevenção e enfrentamento à pandemia por parte dos municípios não vêm acompanhados, em maioria, de um acompanhamento prático semanal da situação.
O texto lista estatísticas apontando “para um provável colapso do sistema de saúde no Estado” e trazendo recomendação de suspensão da cogestão emitida pelo Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento à Pandemia Covid-19, do próprio governo. Entre os argumentos, o alto nível de ocupação de leitos de UTI e a aceleração de internações clínicas sem precedentes.
“As equipes de saúde estão sobrecarregadas, com profissionais fazendo hora-extra, suspendendo férias após um ano exaustivo de trabalho na pandemia e vendo um aumento expressivo na gravidade dos casos internados”, cita a nota.