Deputados de pelo menos seis bancadas da Assembleia Legislativa fazem pressão para manter as escolas abertas em cidades com bandeira preta no mapa de distanciamento controlado do governo. Até o momento, o governo estadual só liberou o retorno presencial para a educação infantil e os dois primeiros anos do ensino fundamental. Para os demais níveis de ensino, o Estado libera o modelo híbrido, com ensino presencial e remoto, apenas em cidades com bandeira vermelha, com risco alto (e não altíssimo) de contágio pelo novo coronavírus.
A mobilização, liderada pelo Novo e com adesão de PP, MDB, PSL, Cidadania e PDT, busca estabelecer as escolas como atividade essencial no Rio Grande do Sul. Amanhã, o grupo protocola uma emenda que modifica o PL 144/2020, da deputada Fran Somensi (Republicanos), que reconhece a prática da atividade física como essencial. A expectativa é de que o texto seja votado ainda nesta terça.
“Nosso objetivo é garantir meios para que nossas crianças e jovens tenham seu direito à educação resguardado e que tenhamos um retorno às aulas da forma mais segura possível”, disse o deputado Fábio Ostermann. O parlamentar sustenta que o fechamento das instituições de ensino compromete o aprendizado, a renda e a condição de vida dos estudantes.
O deputado também cita um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontando que o fechamento das escolas implica em uma queda de 1,5% do Produto Interno Bruto mundial, além de graves efeitos que ainda serão percebidos no futuro.