As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Rio Grande do Sul tem 1.130 pessoas internadas com coronavírus. O número, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), corresponde a 49% do total de pacientes em UTIs do Estado.
Ainda segundo a pasta, outras 207 pessoas, o que corresponde a 9,1%, aguardam os resultados dos exames para a confirmação da doença. Ao todo, o Estado dispõe de 2.684 leitos de UTI, e, até às 15h30, 2.306 estavam ocupados, o que significa uma taxa de 86% de ocupação máxima, a maior registrada desde o início da pandemia em março do ano passado.
Entre as macrorregiões gaúchas, a dos Vales (92,1%), do Centro-Oeste (91%), e Metropolitana (90,1%) tinham os maiores indicadores na tarde desta segunda.
Enquanto que por regiões Covid, as de Novo Hamburgo (100,9%), Capão da Canoa (98,4%) e Porto Alege (95,37%) eram as que apresentavam a maior taxa de ocupação de leitos de UTIs.
Ainda de acordo com o comitê de dados do Rio Grande do Sul, ligado a Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), a situação atual da ocupação dos leitos de UTIs projeta para as regiões Metropolitana, Centro-Oeste e dos Vales os piores cenários.
Na avaliação da pasta, caso siga o ritmo atual, a região Metropolitana teria apenas 6 dias, a contar desta segunda, para que não tenha mais vagas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva. Enquanto que as regiões Centro-Oeste e do Vales teriam uma semana para o esgotamento dos leitos de UTI.
Essa situação, combinada com a disseminação do vírus, levou o governo estadual a colocar 11 das 21 regiões Covid em bandeira preta, na última sexta-feira, no mapa preliminar do modelo do distanciamento controlado. Mesmo com a gravidade do cenário, 10 associações ou regiões enviaram recursos ao Piratini para recorrer da classificação inicial. A previsão é que o Estado divulgue o mapa definitivo às 16h30 desta segunda.
Ocupação dos leitos clínicos dobrou no RS
Em duas semanas, a ocupação de leitos clínicos destinados à Covid-19 na rede hospitalar gaúcha mais do que dobrou. A taxa, que era de 21,6% em 7 de fevereiro, chegou a 44,1% nesta segunda. Das 6.257 vagas disponíveis, havia 2.758 ocupadas, 2.037 delas por pacientes com teste confirmado e 721 por pessoas com sintomas da doença, ainda aguardando exames.