CNT: governo Bolsonaro é reprovado por 35,5% e aprovado por 32,9%

Avaliação de que a gestão presidencial é "ruim ou péssima" avançou 8,3 pontos percentuais desde outubro de 2020

Foto: Alan Santos / PR / Divulgação / CP

A avaliação de que o governo do presidente Jair Bolsonaro é “ruim ou péssimo” avançou 8,3 pontos percentuais, de 27,2% para 35,5%, entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, mostra pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O levantamento aponta ainda para a redução, de 41,2% para 32,9%, no percentual de brasileiros que dizem que a gestão é “boa ou ótima”. A avaliação de que o governo é “regular” oscilou 0,01 ponto percentual negativamente e agora figura em 30,2%. Os demais 1,4% não souberam opinar ou não quiseram responder.

Sobre o desempenho pessoal de Jair Bolsonaro, 51,4% disseram desaprovar e 43,5% disseram aprovar o presidente. Na avaliação dos entrevistados, a sinceridade (29,3%) e a honestidade (11,3%) são as principais qualidades de Bolsonaro.

Bolsonaro também é classificado como inteligente (8,4%) e elogiado por sempre buscar o bem para o país (5%), ser justo (4,2%), trabalhador (3,7%), cuidar dos pobres (1,3%). Para 33,3%, não há nenhuma qualidade no presidente.

Por outro lado, os principais defeitos citados são os de que Bolsonaro é mal-educado (20,1%), despreparado (17,6%), autoritário (16,6%), exagera na briga com a imprensa (16%), agressivo (10,9%) e está preocupado apenas com a reeleição (3,2%). Para 9,6%, não há nenhum defeito no presidente.

A pesquisa CNT, aplicada em parceria com o Instituto MDA entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2021, realizou 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro do estudo é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Pandemia

Mais da metade dos entrevistados (54,3%) disse aprovar e 42% desaprovar a atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. Já a gestão Ministério da Saúde é regular para 30,9%, boa para 11,6%, ruim para 11,3% e ótima para 6,8%.

Sobre o grau de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro em relação ao número de mortes em decorrência da Covid-19, 49,7% dizem que é não é culpado; 36,4% que ele é um dos culpados, mas não o principal; e 11,5%, o principal culpado.

Para 37,5% dos entrevistados, quem está fazendo mais pelo Brasil no combate à pandemia da doença respiratória causada pelo novo coronavírus são as instituições de pesquisa, como o Butantan e a Fiocruz, que serão responsáveis pela fabricação e distribuição de vacinas.

Entre os entrevistados 62,8% dizem que serão vacinados, quando chegar a hora, seja qual for o fabricante da vacina; 16,7% dizem que não se vacinarão; 9,5% querem se imunizar somente com a CoronaVac/Butantan, e 3,8% somente com a Astrazeneca/Oxford. Outros 3,2% dizem que já se imunizaram.