Os comerciantes de Porto Alegre veem com bons olhos as medidas anunciadas pelo Governo do Rio Grande do Sul na tentativa de conter a transmissão da Covid-19 na cidade. O fechamento das atividades noturnas, entre 22h e 5h, entra em vigor neste sábado em todo o Rio Grande do Sul.
Para os empresários, a categoria não consegue arcar com um novo fechamento total. Entretanto, admite a possibilidade de traçar alternativas para evitar um colapso no sistema de saúde. “Nunca deixamos de promover a prevenção. A população precisa entender que o vírus não foi embora”, pede o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse.
Apesar dos bons resultados obtidos no Natal, o comércio da Capital considera que recém começou a cobrir os prejuízos acumulados nos primeiros meses após a chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul. O crédito obtido pelas empresas junto ao Pronamp, por exemplo, ainda está sendo pago.
A entidade deve apresentar, em reunião com o prefeito Sebastião Melo (MDB), alternativas próprias para o momento de crise. Entretanto, o sentimento frente ao comportamento da população nas últimas semanas, período em que diversos pontos de aglomeração foram flagrados no Estado, é de frustração.
“Não existe a cultura de preocupação. Nós precisamos pensar nos outros, pois somos uma comunidade. As pessoas precisam entender que tem de tomar cuidado. Os mais jovens achavam que não se infectavam. Se infectam, e isso está comprovado. Todos precisam fazer a sua parte”, ressalta Kruse.
Entre os bares e restaurantes, as restrições também são avaliadas de maneira positiva. Consultado pela reportagem do Correio do Povo, o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) classificou este como o “único caminho possível para tentar frear o aumento do contágio e da transmissão do coronavírus”.
Liquida Porto Alegre: futuro incerto
A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) vai definir nos próximos dias o futuro do Liquida Porto Alegre. A maratona de promoções, que costuma reunir milhares de pessoas no comércio da Capital, prevista para começar na próxima sexta-feira (26). De acordo com a entidade, possíveis mudanças vão ser avaliadas internamente.