OMS declara alto risco de epidemia de ebola na África Ocidental

Autoridades não sabem o tamanho, a duração e as origens do atual surto que atinge Guiné e República Democrática do Congo

País tem quase 29 mil mortes por Covid-19 | Foto: Ricardo Giusti/CP
Foto: Ricardo Giusti / CP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (18) que o risco de uma epidemia de ebola em países da África Ocidental como Guiné, Serra Leoa e Libéria é “alto”, já que não se sabe o tamanho, a duração e as origens do atual surto, além da limitada capacidade de resposta na região. Também é preciso levar em conta as dificuldades sofridas pelos sistemas de saúde locais devido à covid-19, aos recentes surtos de febre amarela e sarampo, destacou a organização.

No dia 14 de fevereiro, o Ministério da Saúde da Guiné informou à OMS que um grupo de pessoas havia sido infectado pelo vírus ebola após comparecer ao funeral de uma enfermeira em Nzérékoré, no sul do país. Até o momento, foram confirmados sete casos relacionados a este surto, dos quais cinco morreram e outros dois estão sendo tratados em isolamento.

Ao todo, foram identificados 192 possíveis contatos com esses afetados. Há preocupação de uma alta transmissão pelo fato de Nzérékoré ficar perto das fronteiras com Libéria e Costa do Marfim. A OMS advertiu que embora existam restrições nas fronteiras locais devido à pandemia de covid-19, o elevado número de movimentações ainda permitidas representa um risco para a propagação do ebola. De acordo com a entidade internacional, é essencial que os países vizinhos à Guiné estejam preparados e implementem sua capacidade de resposta e medidas para evitar a transmissão do vírus.