A circulação da nova variante do coronavírus levou o Ministério Público Federal (MPF) a pedir na Justiça que passageiros e tripulantes de voos domésticos também sejam obrigados a apresentar o teste RT-PCR negativo para embarcar. Atualmente, a exigência se restringe a viajantes que vão para outros países. Na ação, os procuradores defendem o controle do trânsito de pessoas para evitar a disseminação da doença e de eventuais novas cepas entre as diferentes regiões do País.
“Não é razoável que a via aérea continue a funcionar como uma porta aberta à livre circulação do vírus e suas incontáveis variantes, que no processo evolutivo se impõem como mais graves e mais transmissíveis”, cita um trecho da ação assinada pelos procuradores Márcio Torres, Nilce Cunha, Alessander Sales e Ricardo Magalhães de Mendonça nessa quarta-feira.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o pedido é para que a Justiça Federal determine que União e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exijam a testagem com no máximo 72 horas de antecedência ao embarque e a apresentação do resultado negativo à companhia aérea.
No Brasil, Manaus se tornou o primeiro local a registrar uma variante própria do coronavírus, a P1. O Ministério da Saúde informou na sexta-feira passada, dia 12, que a cepa já se espalhou pelas cidades do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Também no dia 12 de fevereiro, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou a primeira morte de um paciente gaúcho infectado pela linhagem P1. O homem tinha 88 anos e era morador da cidade de Gramado, na Serra.