A variante P.1 do coronavírus já pode estar em circulação em Porto Alegre e região. Observada pela primeira vez na Amazônia, essa mutação pode ser mais infecciosa que as demais linhagens em circulação pelo Brasil. Nesta quinta-feira, o Hospital de Clínicas negou a suspeita de que um paciente com essa variante esteja internado na casa de saúde, que é considerada referência na cidade. Procurada, a Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital não negou e nem confirmou casos de infecção pela linhagem P.1.
O órgão prometeu que, nesta sexta, o diretor Fernando Ritter e o coordenador Geral de Atenção Hospitalar e Urgências, João Marcelo Lopes Fonseca, participarão de uma entrevista coletiva, ainda sem hora marcada, com representantes da Secretaria Estadual de Saúde e de outros municípios da região Metropolitana, a fim de esclarecer informações e divulgar dados sobre a variante amazônica do Sars-Cov2.
Contudo, a SES seguia afirmando, no fim da tarde, que o único caso conhecido no Rio Grande do Sul é o de um morador de Gramado, anunciado na semana passada. O paciente morreu em 10 de fevereiro.
Mais cedo, em entrevista à Rádio Guaíba, a reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Lucia Pellanda, alertou que o Rio Grande do Sul entra em uma fase mais crítica da pandemia de Covid, já que a chegada das mutações tende a acelerar o contágio em um momento sobrecarga na rede hospitalar e um ano ininterrupto de trabalho das equipes médicas disponíveis.
