Com aumento de internações pela Covid, Clínicas toma medidas de contingência

Casa de saúde tinha, na tarde desta quarta-feira, 84 dos 87 leitos de UTI preenchidos, dentre os exclusivos para o tratamento da doença

Centro de referência no combate ao coronavírus em Porto Alegre, Hospital de Clínicas é um dos que oferece leitos de UTI na cidade | Foto: Clóvis S. Prates/Hospital de Clínicas
Foto: Clóvis S. Prates/Hospital de Clínicas

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) anunciou medidas de contingência por conta do aumento no número de atendimentos a suspeitos e confirmados de coronavírus. Conforme a casa de saúde, as ações foram organizadas durante o feriado de Carnaval, tendo em vista a alta demanda na emergência, tanto em leitos de enfermaria quanto de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Devido a essa situação, a diretoria do hospital cancelou até o próximo sábado, todas as cirurgias que demandem leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) e suspendeu as internações clínicas eletivas (sem urgência). Além disso, a casa de saúde deve anunciar a abertura de mais leitos de enfermaria para tratamento exclusivo de pacientes com coronavírus.

O Clínicas tinha 84 dos 87 leitos de UTI dedicados à Covid ocupados na tarde desta quarta. Por conta disso, a taxa de ocupação da UTI geral da casa de saúde é de 91,74%. Os leitos de enfermaria exclusivos para o atendimento de pacientes com a doença respiratória também registra quadro crítico, com a ocupação de 33 dos 34 existentes.

Porto Alegre

O quadro grave enfrentado pelo Hospital de Clínicas, uma das casas de saúde referência no atendimento à Covid-19, não difere da situação da capital. Na tarde de hoje, as UTIs de Porto Alegre tinham ocupação de 91,28%, percentual pouco menor que o registrado na tarde dessa terça, quando a cidade atingiu 92,16%.

Até às 15h da tarde desta quarta-feira, de um total de 722 pacientes, havia 348 internados em UTIs com suspeita ou caso confirmado de Covid-19. Por conta da situação, os hospitais Moinhos de Vento, São Lucas, Vila Nova e Restinga não possuem mais vagas de tratamento de pacientes graves, segundo balanço divulgado pelo sistema de monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde.