O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, estabeleceu o prazo de 15 dias para as quatro grandes operadoras de telefonia do Brasil (Oi, Vivo, Claro e Tim) se posicionarem a respeito do suposto vazamento de dados de mais de 100 milhões de contas de celular.
Entre os dados vazados, estariam informações sensíveis dos consumidores, como a duração das ligações, número de celular, dados pessoais (RG, CPF, CNPJ, e-mail, endereço) e detalhes sobre o pagamento da fatura (atraso no pagamento, valor da fatura, dívidas). A lista com os dados vazados foi encontrada à venda na internet e atinge até mesmo o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a manifestação, as empresas deverão se manifestar em 15 dias, a contar do recebimento da notificação, no âmbito da Averiguação Preliminar aberta pela Senacon para investigação do caso, aberta após a divulgação de notícias a respeito do vazamento.
No início do mês, outro vazamento colocou à disposição 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos. Entre os afetados pela ação também aparecia Bolsonaro. Além dele, tiveram os dados expostos o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).