O Rio Grande do Sul registrou, em boletim divulgado nesta sexta-feira, pela primeira vez, a variante P1 da Covid-19. Esse tipo, também batizado de cepa amazônica, é conhecido por um maior risco de transmissão para outras pessoas. Um morador de 88 anos, na Serra, contraiu a mutação. O paciente apresentou os primeiros sintomas da doença no fim de janeiro.
A variante predominante no estado é a P2, ainda em estudos, conforme a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Cynthia Molina Bastos. “Vamos ampliar o número de amostras da região da Serra para tentar identificar outros casos, ou determinar se é um caso isolado”, acrescentou.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já encontraram a variante P1 do novo coronavírus em outros oito estados: Pará, Paraíba, Roraima, Santa Catarina e São Paulo foram os mais recentes. Casos provocados pela variante também já foram confirmados pelas secretarias estaduais de Saúde da Bahia, do Ceará e de Pernambuco.
Até o momento, não há dados que relacionem essa variante a quadros mais graves da Covid-19, porém as mutações identificadas nela são semelhantes às das variantes encontradas no Reino Unido e na África do Sul, com potencial de facilitar a transmissão e a reinfecção.