Onyx celebra eficiência do SUS e fala que Brasil não deixou ninguém “para trás” durante pandemia

Ministro da Cidadania participou de evento, nesta quinta-feira, na Fiergs

Foto: Divulgação / TV Fiergs

Prestes a deixar o cargo para assumir a Secretaria-Geral de Governo, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, esteve em Porto Alegre, na tarde desta quinta-feira, a fim de assinar, junto à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), um protocolo de formação profissional pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS). O acordo, nas palavras do próprio ministro, é “mais uma estratégia para ajudar os brasileiros no que é mais necessário ao país neste momento: a geração de empregos e renda para a população”, que ainda sente os efeitos da pandemia.

O Rio Grande do Sul se torna, com isso, o segundo estado brasileiro a selar o compromisso com o ministério, após o de São Paulo. Agora, o ministro segue para o Paraná e Santa Catarina para a assinatura de acordos similares.

“O Brasil começa a sair de um processo de pandemia que afetou o mundo todo e também assustou o Brasil, mas o presidente Jair Bolsonaro, junto com as forças positivas do país e o poder do Rio Grande do Sul, tiveram a sabedoria de enfrentar essa pandemia. (…) Não faltaram recursos aos estados e municípios para tratarem da doença”, afirmou Lorenzoni. Parafraseando Bolsonaro, que no início da pandemia disse que a palavra de ordem era o equilíbrio entre saúde e economia, o ministro assegurou que “ninguém ficou para trás, mesmo em meio à pandemia”. “A fome e o desemprego mataram mais pessoas que qualquer enfermidade”, afirmou, durante o evento.

Auxílio emergencial

O auxílio emergencial, mecanismo criado pelo governo federal para garantir uma renda mínima aos brasileiros que perderam rendimentos em meio à crise de saúde mundial, possibilitou, além da renda, que “todos os ‘invisíveis’ do país agora estejam geo-localizados e, mais importante, bancarizados e dentro do que nós chamamos de mercado”, acrescentou o ministro.

Onyx frisou que, quando chegou ao Ministério da Cidadania, “eram 250 milhões de brasileiros cadastrados no sistema do Ministério da Cidadania”. “Ao contrário do que dizia aquele partido que ficou anos no poder, não eram todos os brasileiros sem renda que estavam cadastrados ali. Vinte e seis milhões desses brasileiros nunca estiveram no radar do Governo Federal e agora estão”, completou.

Segundo a Caixa Econômica Federal, somente por meio do aplicativo Caixa Tem, o auxílio emergencial movimentou, em lojas e supermercados, no ano passado, R$ 47,6 bilhões, sendo R$ 35,5 bilhões em compras por cartão virtual e R$ 12,1 bilhões em QR Code.

O ministro ainda antecipou que uma das pautas da Cidadania, agora, vai ser o microcrédito social, para que “as pessoas tenham algum crédito para retomarem às suas atividades”.

O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, aproveitou a oportunidade para entregar em mãos ao futuro ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência um documento desenvolvido pela entidade, junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O material compila possíveis estratégias de cooperação, que segundo ele podem ser utilizadas pelo governo federal para a retomada da economia junto à iniciativa privada.

SUS

Onyx Lorenzoni, durante o discurso, também celebrou a eficiência do Sistema Único de Saúde, dizendo que vai ser estudado por especialistas de todo mundo pela eficiência que demonstrou no auxílio aos enfermos da Covid-19. “O sistema (público de saúde) italiano, o francês e até mesmo o americano falhou. O SUS não falhou. O Brasil é o que mais recupera pacientes do mundo de maneira proporcional”, enfatizou.

Reunião ministerial

No encerramento da manifestação ao público, Lorenzoni se referiu à reunião ministerial do dia 22 de abril de 2019. Mencionada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, a reunião, na opinião de Onyx só mostrou que Jair Bolsonaro é “um homem apaixonado pelo seu povo”. “Durante a pandemia “o país não teve nenhum problema de abastecimento. (…) O país teve um comando seguro porque sabemos da nossa missão. (…) Aqui temos pessoas com couro grosso e que sabem que a sua luta é titânica”, finalizou.